Histórias antigas estão vindo à tona como iniciativa de funcionários lesados com ações discriminatórias. Um processo acusa o Google de preconceito contra negros e traz nova dor de cabeça para a gigante de tecnologia, de acordo com um artigo do jornal The New York Times.
Fortes acusações de preconceito contra a Google em processo aberto por ex-funcionário
A ação está relacionada a supostas ações estruturais da gigante de tecnologia em detrimento dos direitos básicos a igualdade racial na empresa. Entre as principais acusações, segundo o NY Times, está a agressão contra negros “colocando-os em empregos de nível inferior, pagando-os mal e negando-lhes oportunidades de promoção”.
O processo foi aberto por uma ex-funcionária chamada April Curley, que teve sua carreira no Google entre os anos de 2014 e 2020.
Segundo a matéria, a ex-funcionária estava engajada em combater tais práticas nocivas, “trazendo funcionários negros para a empresa, criando programas para recrutar em faculdades e universidades historicamente com representação negra.”
Em um trecho da queixa na petição, é alegado que a empresa supostamente tentava de alguma forma minar tais iniciativas para continuar com sua aparente política antidiscriminação.
“O Google está engajado em um padrão nacional ou prática de discriminação racial intencional e retaliação e mantém políticas e práticas de emprego com um impacto diferente contra funcionários negros nos Estados Unidos.”
Tentando reverter o quadro, mas não da forma correta
Os números de funcionários negros, ou que se identificavam com essa etnia, segundo os relatórios de diversidade da empresa e divulgados pelo NY Times, “4,4% dos funcionários do Google nos EUA eram negros e isso está muito abaixo da média nacional de 9,1% para empresas de publicação e busca digital.”
O processo acusa Google de má conduta em resolver os “baixos números” de diversidade. Com esses números baixos, a empresa tentava alavancar seus valores, mas de uma forma antiética e muito mais discriminatória, conforme o texto da ação:
“O processo dizia que o Google contratou sistematicamente funcionários negros em um status de trabalho inferior ao apropriado para sua experiência. Como o pagamento está vinculado aos níveis de trabalho, isso permitiu que a empresa pagasse menos aos funcionários negros em relação a seus pares.”
A ex-funcionária denunciante, ainda segundo os relatos do processo, tentou inúmeras vezes se impor contra as práticas vexatórias impostas no ambiente de trabalho, culminando com a seguinte declaração nos autos, que levaram, enfim, a sua demissão sistemática e injusta:
“O processo dizia que o salário da Sra. Curley havia sido reduzido e que ela foi repreendida por se manifestar em reuniões de equipe e desafiar as práticas internas em 2019. Um ano depois, a empresa colocou a Sra. Curley em um plano de melhoria de desempenho e rescindiu seu emprego em setembro de 2020.”
Essa atitude, ainda segundo o jornal, poderia configurar uma tentativa de “maquiagem” de uma suposta perseguição sofrida pela ex-funcionária no Google.
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