Quanto mais o tempo passa, mais acessibilidade para pessoas deficientes são efetuadas, o que é ótimo. Agora, a Agência Espacial Europeia criou um programa para treinar “paraastronautas” e os enviar ao espaço com todas as adaptações necessárias.
Programa inclusão espacial e viabilidade de paraastronauta
Se depender da Agência Espacial Europeia (ESA), o futuro corpo de astronautas irá incluir pessoas com deficiência. Essa é a ideia do Programa de Viabilidade Paraastronauta.
Os cientistas imaginaram que após um lançamento bem-sucedido, o piloto da missão se solta e fica livre no espaço interno da nave por conta da ausência de força G, provavelmente ele não precisará das pernas de maneira funcional típica. Essa observação fez com que os funcionários da ESA desenvolvessem o projeto deste programa inclusão espacial.
Outra ideia era incluir também astronautas que se comunicam através em linguagem de sinais. O corredor paralímpico e cirurgião John McFall foi convidado para trabalhar com engenheiros do European Astronaut Center e ajudar a descobrir como acomodar pessoas com amputações ou outras deficiências.
O cirurgião irá participar de simulações e irá comunicar a empresa e a agência espacial como está sendo a experiência. Em comunicado, a ESA coloca:
“A ESA está pronta para investir na definição das adaptações necessárias de hardware espacial em um esforço para permitir que esses profissionais altamente qualificados sirvam como tripulantes profissionais em uma missão espacial segura e útil.”
Inclusão e acessibilidade fora da superfície terrestre
No dia 14 de dezembro, quarta-feira, doze pessoas com diferentes deficiências irão participar de um voo com gravidade zero, a bordo do “G-Force One” da Zero Gravity Corporation.
Eles serão responsáveis por trazer respostas para algumas dúvidas sobre mobilidade, microgravidade, orientação para pessoas cegas, entre outros questionamentos. A experiência será guiada pela empresa AstroAccess, que afirma ao Inverse:
“Espero que muitas das soluções que estamos testando agora e apresentando, você encontre implementadas em muitas de suas espaçonaves e habitats”
A experiência será importante para pensar na comodidade de McFall, caso ele vá mesmo ao espaço. O corredor paralímpico seria o segundo a ir ao espaço com uma prótese, mas o primeiro a ir por uma agência governamental.
Inclusivo, mas não para todos
A ESA, mesmo que esteja tentando incluir pessoas com deficiência, fez uma lista restrita de deficiências elegíveis: “amputações de pernas abaixo do joelho, amputações de pés abaixo do tornozelo, diferenças no comprimento das pernas ou baixa estatura (menos de 130 centímetros)”
Mesmo com toda a movimentação, ainda não é certeza que McFall irá mesmo, mas a ESA afirmou que não medirá esforços:
“A única promessa que podemos fazer é uma tentativa séria, dedicada e honesta de abrir o caminho para o espaço para um astronauta profissional com deficiência física”
Com informação: Inverse.
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