O Deic (Divisão Especializada em Investigações Criminais) da cidade de Piracicaba (São Paulo) prendeu quatro suspeitos de crimes cibernéticos que, de acordo com a Polícia Civil, invadiam contas no Instagram das vítimas e passavam a oferecer produtos aos seus seguidores.
A “Operação Direct”, conforme foi denominada, realizou um mandado de busca e apreensão em cidades do Estado de São Paulo na última sexta-feira (12). Ao todo, foram 21 na cidade de São Paulo e um na Praia Grande, após dois meses de investigação.
Contas no Instagram invadidas e vendas de produtos inexistentes
Pelo menos 50 vítimas eram da região de Piracicaba, segundo informações do Deic. Os criminosos passaram a oferecer produtos que não existiam por um preço baixo aos seguidores das vítimas, que desconfiaram que algo de errado havia acontecido.
Algumas vítimas conseguiram recuperar suas contas na rede social enviando ao Instagram comprovantes de que aquela conta pertencia a elas, mas o processo levou semanas e muito estresse foi causado.
Enquanto isso, os golpistas utilizava as contas para “vender” eletrodomésticos, móveis, celulares, de acordo com o perfil escolhido – além de extorquir as vítimas, exigindo resgate para devolver a senha de acesso à rede social (isso quando já não mudavam o endereço de usuário e nome, dificultando para vítima localizar o perfil).
Operação Direct: Operação feita em conjunto por grupos policiais
O Setor de Inteligência da 1ª Divisão do Deic conseguiu identificar os locais onde os crimes eram realizados e a identificação de suspeitos.
Em uma operação organizada, vários pontos foram invadidos durante o mandado de busca e quatro integrantes foram presos no local.
De acordo com a Polícia Civil, diversos celulares com contas de Instagram de terceiros logadas foram encontrados no local – sendo que um dos dispositivo possuía mais de 30 contas diferentes em nome de terceiros.
Além dos celulares, também foram apreendidos computadores e outros objetos que irão passar por uma perícia em busca de evidências.
Os quatro homens detidos têm 18, 19, 20 e 24 anos, foram levados à Divisão de Capturas da Polícia Civil de São Paulo onde estão presos e responderão pelos crimes de “invasão de dispositivo informático, associação criminosa e apreensão de objeto”.
O Deic contou com o apoio do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), do Deinter (Delegacias Seccionais do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), do Ger (Grupo Especial de Reação) e do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) da capital paulista.
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