A polícia de São Paulo está investigando um esquema de “Rachadinha” na C6 Bank, envolvendo golpistas e alguns clientes da instituição bancária. Em maio do ano passado, segundo a revista Veja, um funcionário de uma empresa terceirizada — responsável pela construção de relacionamentos entre clientes e bancos — liderou o golpe e desviou mais de R$ 50 milhões, segundo autoridades.
Para o crime, os funcionários da empresa Concentrix elaboraram um plano com várias etapas. Primeiro, selecionaram mais de 200 clientes do banco através das redes sociais para participar do cracking. Como parte do programa, os selecionados precisavam se inscrever para aumentar o limite de cheque especial da conta.
A pessoa com o limite aumentado, então, transferia dinheiro via Pix para outros clientes do C6 Bank até que o titular da conta devesse R$ 100 mil. Ao todo, o suposto líder do hacker roubou 50 milhões de reais em cheque especial com a “Rachadinha” na C6 Bank. O valor foi distribuído para indivíduos previamente selecionados.
A promessa é que os R$ 100 mil restantes do cheque especial seriam transferidos para outra conta de cliente ao final do programa como recompensa pela participação. Um dos golpistas chegou a elevar o limite do cheque especial para R$ 1 milhão.
Até o momento, sabe-se que apenas a dívida total de R$ 50 milhões do golpe permanece com o Banco C6. A polícia ainda não esclareceu se o titular da conta que recebeu a transferência do participante do esquema via Pix era a vítima ou a conta Orange.
Nem a Concentrix, nem o C6 Bank, comentaram o que aconteceu até agora.
Ainda de acordo com a revista Veja, outros dois bancos não identificados podem ter sofrido com um esquema de craqueamento semelhante.
C6 Bank é líder em reclamações de bancos centrais
Mesmo sem o escândalo da “Rachadinha” na C6 Bank, os clientes pareciam estar insatisfeitos há algum tempo. No início deste ano, o Banco C6 foi apontado como a instituição de pagamentos com mais reclamações no segundo semestre de 2021 pelo Banco Central (BC).
O índice de satisfação do Banco C6 foi o pior do período, com 1.444 reclamações processadas em uma base de 13,5 milhões de clientes. Segundo o BC, a maioria das reclamações está relacionada a cartões de crédito – que vão desde a integridade, confiabilidade, segurança, confidencialidade, até a legalidade das operações e serviços.
A lista é construída a partir de uma métrica que leva em consideração o número de reclamações recebidas, o número de reclamações consideradas procedentes e o número de clientes em cada banco. Quanto maior a pontuação de uma instituição, pior é o seu desempenho.
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