Um estudo realizado aponta a possibilidade da existência de uma realidade paralela à nossa. O tema já foi abordado em diversas obras da ficção e sempre gerou debates. Agora, novos dados coletados sem a intenção específica, podem trazer resultados e teses surpreendentes.
Realidades diversas como camadas sobrepostas (Imagem: Israel Pina/Unsplash)
Cientistas encontram “sinais” estranhos que podem ser uma realidade paralela
Pode parecer ficção científica, mas os dados coletados na pesquisa são, no mínimo, esquisitos. O experimento foi feito em laboratório de camadas de grafeno (que utiliza pequenas folhas com átomos de carbono) e encontrou sinais estranhos de que o nosso conhecido universo pode ser apenas metade do todo.
Os dois pesquisadores responsáveis pelo estudo — Alireza Parhizkar e Victor Galitski — são da Universidade de Maryland e publicaram suas descobertas em um estudo no início de maio na revista Physical Review Research.
A própria universidade divulgou que ambos não buscavam exatamente uma resposta sobre realidades paralelas, mas os dados coletados indicaram mudanças no método de deslocamento de cargas elétricas.
A aplicabilidade da descoberta no universo
Qual seria a importância disso para o mundo? Algumas leis físicas já foram comprovadas e outras possuem fortes tendências de serem aplicadas em ambientes diferentes.
Partindo desse pressuposto, os dois físicos acreditam que, acidentalmente, encontraram uma pista que poderia explicar alguns dos mistérios de nossa realidade.
Segundo o departamento de relações-públicas da universidade, os cientistas perceberam que experimentos nas propriedades elétricas de folhas empilhadas de grafeno produziram resultados que pareciam pequenos universos e que as causas subjacentes poderiam se aplicar a outras áreas da física.
Neste tipo de experimento, a eletricidade muda o seu comportamento quando duas folhas interagem, de modo que às hipóteses de que a “regra física” poderia aparecer em outras interações, quem sabe em todo o universo.
O papel da física teórica
Por mais que alguns “fatos” pareçam completamente inquestionáveis, a física não funciona da mesma forma. A ciência está sempre disposta a pesquisar melhor, e substituir teorias anteriores, caso surjam novos indícios para tal.
A física é uma evolução e, de certa forma, fusão entre a matemática e a filosofia. Primeiro, se observam como as coisas funcionam, elabora-se a tese, coleta-se dados, calcula-se para tentar confirmar, expande-se a aplicação e temos uma nova Lei da física. Bom, pelo menos até que o processo seja refeito e novos resultados encontrados, essa é a graça e a base da evolução humana.
A busca pela resposta é, para os cientistas, muito mais importante do que o resultado. Estes compreendem a “brevidade” da vida e seu objetivo é ter suas pesquisas e estudos reutilizados, refutados e servindo de base para a criação de algo novo, mais próximo da “verdade”.
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