A tecnologia é um facilitador da vida moderna. Hoje, muito do conforto do nosso dia-a-dia só é possível por causa dos avanços tecnológicos dos últimos anos. Mas será que a tecnologia está chegando longe demais? Parece que sim, basta ver o recente caso do recurso assustador do Zoom que tem causado uma polêmica absurda.
E não deu outra, defensores de direitos humanos e privacidade estão requisitando que o Zoom desista de suas intenções “assustadoras” de utilizar Inteligência Artificial (IA) para rastrear e analisar emoções humanas, a técnica é chamada de “pseudociência”.
Novidades na plataforma
Segundo o blog de tecnologia Protocol, o Zoom pretende começar a comercializar serviços cujo objetivo é identificar a condição emocional dos participantes em bate-papos por vídeo. O sistema estaria supostamente equipado com a capacidade de detectar se uma pessoa está feliz, triste ou impaciente através de uma análise profunda de suas expressões faciais e tom de fala.
A grande vantagem dessas ferramentas, segundo os desenvolvedores do projeto, é que elas poderiam auxiliar no mundo dos negócios ajudando vendedores a conquistar transações e as corporações a monitorar a satisfação dos funcionários.
Nem todo mundo está feliz com o novo recurso assustador do Zoom
Se por uma parte tem muita gente impressionado com as possibilidades da ferramenta, pelo outro surgiram várias pessoas e grupos preocupados com o impacto que a tecnologia pode causar.
Mais de 20 grupos ativistas, incluindo a American Civil Liberties Union e a Electronic Frontier Foundation, já mandaram cartas abertas à empresa alegando que o chamado software de “reconhecimento de emoções”. E pior: segundo eles a tecnologia é “perigosa” e “intrinsecamente tendenciosa”, colocando grupos minoritários em risco de discriminação.
Algo parecido aconteceu recentemente aqui no Brasil, com uma tecnologia de reconhecimento utilizada no metrô de São Paulo. Você pode conferir a matéria aqui!
“Essas ferramentas pressupõem que todas as pessoas usam as mesmas expressões faciais, padrões de voz e linguagem corporal – mas isso não é verdade”, alertaram os grupos. “Adicionar esse recurso discriminará certas etnias e pessoas com deficiência, codificando estereótipos em milhões de dispositivos.”
Zoom vai coletar dados?
Outro argumento dos grupos é de que empresas que coletassem esse dados pessoais — sobre emoções, expressões faciais e outros — estariam em risco de virar alvos de ataques hacker – podendo fazer com que as informações, incluindo o algoritmo, caíssem em mãos de pessoas mal intencionadas.
Estudiosos do centro AI Now da Universidade de Nova York, em 2019, já se questionavam sobre a eficácia, e até mesmo a utilidade, da tecnologia de detecção de emoções, escrevendo que “não há consenso científico sobre se ela pode fornecer resultados precisos ou até significativos”.
E você? O que acha da implementação de Inteligência Artificial para ler as emoções humanas?
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