Alguns fornecedores de hardware temem que, se entrarem em negociação para o desenvolvimento de produtos como TVs para a Amazon, a Google possa promover algum tipo de retaliação.
Amazon x Google: disputa pode causar aflição em fornecedores
Uma das unidades da Amazon afirmou para a Comissão de Concorrência da Índia que mais de meia dúzia de fornecedores de hardware têm receio de entrar em uma negociação para a fabricação de TVs com a marca por conta da Google.
A Comissão de Concorrência da Índia está investigando há anos algumas ações antitruste da Google, por conta de alegações sobre abuso de poder.
A empresa estaria abusando do poder devido à sua dominância no sistema Android, disse o órgão regulamentador em um comunicado, além de aplicar uma multa de US$ 162 milhões para a empresa.
Várias organizações do setor foram entrevistadas para desenvolver a investigação. Samsung, Mozilla e Microsoft estavam nessas conversas, mas nenhuma delas fez o apontamento tão focado quanto a Amazon, que apresentou uma análise de 293 pontos sobre o ocorrido.
“Nessas discussões com OEMs (fornecedores), pelo menos sete indicaram que sua capacidade de entrar em um relacionamento de fabricação desse tipo com a Amazon está totalmente bloqueada ou significativamente limitada (por exemplo, em termos de escopo geográfico) por seus compromissos contratuais com o Google e há a preocupação de que o Google retaliaria contra outra empresa do fornecedor que produz dispositivos Android.”
“Desejo declarado”
Por várias vezes no documento, a Amazon afirmou que os fabricantes não poderiam trabalhar com a empresa “apesar de um desejo declarado de fazê-lo com TVs inteligentes”.
E, mesmo que os fabricantes não trabalhassem com Android, mas com outro sistema, por exemplo, Fire OS, a licença GMS do Google para outros negócios poderia estar em risco.
Outras duas empresas, a Panasonic e a Foxconn, também tentaram licenças para trabalhar com a Amazon, mas foram impedidas pela Google.
As restrições não são apenas para a fabricação de TVs, os smartphones também estariam com limitações para que o Google Chrome tivesse pré-instalado em seus aparelhos com um atalho para o navegador. Isso teria prejudicado o crescimento do navegador da Amazon, o Silk.
“Isso impactou a adoção do Amazon Silk porque a pesquisa da Amazon na época mostrou que o navegador padrão era usado por 58% dos usuários, deixando o Amazon Silk para competir com outros navegadores da web, como Opera, Firefox e UC, pela minoria de usuários que não usavam o padrão. navegador.”
Estes teriam sido alguns dos motivos citados pela Amazon para a baixa procura do Fire Phone, smartphone da companhia.
Com informações: TechCrunch.
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