As rápidas sinapses aceleram o pensamento e diminuem o hábito de focar em atividades de longo prazo. Um novo relatório afirma que TikTok age como açúcar no cérebro infantil — mas os efeitos prejudicam, principalmente, adolescentes que precisam de mais horas de estudo acadêmico.
TikTok deixa jovens impacientes, inquietos e com baixa concentração
A rede social mais utilizada pelos jovens causa efeitos como altas concentrações de açúcar no cérebro e está ligada a falta de atenção e interesse de seu público por atividades de longo prazo — ou seja, sem recompensas rápidas, segundo estudo publicado em agosto de 2021.
O sistema de recomendação e modelo de visualização de vídeos curtos causa satisfação rápida, comparada ao açúcar refinado, com alta dosagem de energia e “felicidade” breve no cérebro — retornando logo após novo consumo, criando um sistema de “dependência” da mesma forma que o açúcar, afirma a pesquisa.
É mais simples fazer essa comparação de causa e efeito com criação de dependência do que a, ainda questionável, relação entre o aumento de casos de TDAH entre os jovens e o maior consumo da rede social.
Ainda é muito recente para tais análises, visto que a explosão mundial de downloads do TikTok começou somente em 2019 (mais precisamente há três dos seis anos que a rede foi lançada, inicialmente na China).
Por esse motivo, o grupo de controle usado na pesquisa, foi de residentes universitários do país asiático, que começaram a usar a rede social ainda como pré ou adolescentes.
Uma série de exames estudando impactos do TikTok no cérebro
A pesquisa citada acima é apenas mais uma dentre tantas que estão sendo feitas de modo a investigar possíveis consequências do excesso de exposição a essa tecnologia específica.
Os estudos tem indicado algumas mudanças significativas no centro de recompensa do cérebro, o curto prazo, responsável diretamente pela criação de “vícios”, que tem a tendência rápida de se tornarem problemas de saúde pública.
As ressonâncias magnéticas durante os estudos tem mostrado alterações altamente perceptíveis nas áreas cerebrais responsáveis por esse tipo de atuação comportamental.
Para alguns especialistas médicos como o diretor do Reading & Literacy Discovery Center no Hospital Infantil de Cincinnati, Dr. John Hutton, em entrevista ao Wall Street Journal afirmou que “o TikTok é uma máquina de dopamina” e complementou sobre como alterar o comportamento.
“Se você quer que as crianças prestem atenção, elas precisam praticar prestando atenção”, declarou.
Quem se acostuma com alterações rápidas de foco, acaba ficando sem foco algum, deixando de usar o córtex pré-frontal, responsável por auxiliar na leitura e resolução de questões matemáticas — o que para os jovens é um problema grave para seu desenvolvimento saudável.
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