A falta de semicondutores tem sido um problema grave no mundo, afetando empresas de diferentes ramos que necessitam, em algum nível, desses componentes. A mais nova vítima dessa escassez, ou velha freguesia, é a Renault que paralisa, dessa vez, até o dia 8, a produção de carros no Brasil.
A montadora não deu detalhes de como isso afetará os mais de 6 mil funcionários que trabalham nas quatro fábricas localizadas no complexo Ayrton Senna. Nesse local, são produzidos os modelos Kwid, Sandero, Logan, Captur, Duster e Oroch, além de motores e peças que são despachadas para revendedores.
Renault paralisa a produção de carros no Brasil
O comunicado foi enviado para o e-mail de parte dos funcionários na quinta-feira (29). A medida já estará valendo a partir da próxima segunda-feira (2). Embora o tempo de paralisação possa variar, espera-se que as fábricas fiquem paralisadas por pelo menos uma semana.
O problema de falta de componentes eletrônicos já fez de vítimas várias fábricas e montadoras em território brasileiro. A própria Renault teve que dar férias forçadas a seus funcionários no ano passado por um período muito mais longo.
Além de parar as fábricas, novos lançamentos podem estar comprometidos
A Renault, quarta maior fabricante de veículos no país, pode ser obrigada a comprometer também o lançamento da nova Oroch que está previsto para acontecer nos próximos dias, quando a maior concorrente da Fiat Toro, aqui no Brasil, deverá receber melhorias, inclusive um novo motor 1.3.
A fabricante ainda está sendo imensamente prejudicada com a suspensão da compra de componentes elétricos ucranianos e níquel russo, após o prolongamento da Guerra na Ucrânia, forçando a Renault a remanejar seus recursos à demanda de produtos.
Sem esquecer que ela havia interrompido a produção de veículos na Rússia semana passada, para apoiar e cumprir as sanções internacionais sendo aplicadas ao país.
Vale reforçar que a Renault não é a única montadora que tem sofrido com o comprometimento da cadeia global de fornecimento, a VW teve que fazer um corte de turnos e reduzir o volume no Vale do Paraíba e ritmo no ABC paulista.
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