A polícia de San Francisco está tentando passar uma nova regulamentação para permitir a utilização de robôs com armas letais. Segundo o SFPD (San Francisco Police Department) com a medida será possível implantar robôs militarizados com força o suficiente para parar suspeitos de crimes mais graves.
Robôs com armas letais podem aparecer em breve
A regulamentação já foi aprovada pelos supervisores da SFPD que agora estão pedindo aos oficiais que se ajustem às normas. Pelo que foi decidido, as máquinas poderão ser equipadas com uma variedade de armas, incluindo rifles semi-automáticos e até metralhadoras.
A nova medida vem em resposta a uma regra que estabelece que todas as agências façam um relatório detalhado do seu uso de armamento militar. Na lista do que deve ser reportado, as autoridades incluíram até o uso de robôs e, complementando, no lado das armas de fogo, tudo o que não fosse uma arma secundária (pistolas) ou uma escopeta.
A nova regulamentação deve também impedir que oficiais continuem a omitir certos itens de seus relatórios, incluindo itens de custo de pessoal.
“O projeto de política enfrenta críticas de defensores por sua linguagem sobre a força robótica, bem como por excluir centenas de rifles de assalto de seu inventário de armas de estilo militar e por não incluir custos de pessoal no preço de suas armas”, informou um dos veículos de notícias da Califórnia.
O problema dos robôs
Enquanto o caso escala, advogados dos direitos civis debatem sobre a legalidade da inclusão de robôs e outras tecnologias como armamento e principalmente sobre o quão válido é o uso das máquinas contra civis.
“San Francisco não é o único departamento a tentar redefinir ‘armas militares’ para justificar a ocultação do seu uso, custos e manutenção.
Estamos vivendo em um futuro distópico, onde debatemos se a polícia pode usar robôs para executar cidadãos sem julgamento, júri ou juiz. Isto não é normal. Nenhum profissional da área jurídica ou residente comum deve agir como se fosse normal”, disse a advogada Tifanei Moyer.
Em uma das revisões da nova regulamentação, o supervisor do conselho Aaron Peskin tentou limitar o uso das máquinas.
“Os robôs só serão usados como uma opção de força letal quando o risco de perda de vida para membros do público ou oficiais for iminente e superar qualquer outra opção de força disponível”, argumentou.
Os robôs são geralmente utilizados pela polícia apenas em casos onde a vida humana pode ficar em perigo, como exploração de terrenos perigosos e o desarme de bombas.
As autoridades temem que, abrindo brechas, eles passem a ser vistos como forças armadas e possam representar um perigo para a população.
Fonte: TechSpot
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