A Universidade de York, no Reino Unido, e outras três instituições de ensino da Europa, estão desenvolvendo um método por meio de softwares e hardwares para reproduzir naturalmente uma seleção e criar robôs que poderão evoluir solitariamente.
No projeto, as máquinas serão subjugadas a várias tarefas para dar origem a novos robôs que receberiam “hereditariamente” as características de seus criadores. Os testes já começaram a ser realizados pelos especialistas com robôs menores, que possuem em média 15 cm com um motor e duas rodas.
A revista Super Interessante entrevistou a líder do projeto Emma Hart, para entender melhor como funcionará a inovação, que já está em andamento. Segundo a especialista, foi criada uma versão digital como uma espécie de DNA que mostra como o robô será construído, Com isso, eles usarão uma impressora 3D para produzi-los e determinar a eles uma função desafiadora.
“Alguns podem não conseguir se movimentar direito ou não ter as características necessárias para sair dali. Eles recebem uma nota de acordo com o desempenho na tarefa. Dois robôs com notas altas podem misturar seu DNA e criar um “filho”. Ele pode herdar o formato do corpo de um pai e o posicionamento dos sensores do outro, por exemplo. Esse processo pode ser repetido várias vezes, e você termina com um robô muito bem adaptado à tarefa”, declarou Emma na entrevista.
Ao ser perguntada em quais situações o robô terá utilidade, ela respondeu que ele poderá ajudar em alguma situação de risco – por exemplo, um ambiente em que seja preciso limpar um reator nuclear depois de um acidente. Outro exemplo dado pela líder é a exploração espacial, como se a máquina pudesse se adaptar ao cenário em que será colocada.
Quantos aos novos passos que o projeto irá tomar, Emma respondeu que por enquanto não é possível que os robôs façam tarefas mais complexas, mas que a intenção é que seja produzido também para este propósito, utilizando materiais mais resistentes e variados como tecidos moles e flexíveis. Outra declaração é que o projeto pretende estar sempre em aceleração, como um ecossistema de máquinas que estarão sempre evoluindo em algum aspecto.
E não é novidade que diversas universidades e empresas de tecnologia já investem no uso de robôs para diversos fins, na Universidade da Califórnia, por exemplo, eles criaram um robô que usa inteligência artificial para realizar tarefas humanas do dia a dia como dobras roupas e fazer café.
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