Estamos passando por uma grande mudança no mercado de trabalho, dessa forma chegamos à beira da Indústria 4.0. Mas o que seria isso? Bem, é uma nova revolução industrial. Após a primeira, movida a água e vapor, sucedida pelo sucesso da eletricidade e as linhas de produção fabris, é hora de aproveitar o advento da terceira revolução, ocasionada pela internet e o computador, e o início da quarta revolução movida pela Inteligência Artificial e funções autônomas.
Saiba o que é a indústria 4.0 – Imagem: Reprodução/Freepik
O que é a indústria 4.0?
Como dissemos anteriormente, o termo “Indústria 4.0” se refere à quarta revolução industrial. Assim, este é um momento de novo fôlego no mercado de trabalho, onde as fábricas são altamente automatizadas e conectadas por tecnologias como Internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA), robótica e análise de dados.
A meta é criar fábricas flexíveis, que não apenas deem conta de trabalhos pesados, como foi o avanço na segunda revolução industrial com maquinários pesados, mas que quase chegam a pensar por conta própria.
A Indústria 4.0 promove a colaboração entre humanos e máquinas, a fim de melhorar a eficiência e a qualidade da produção. De modo que a internet é fundamental para este processo, sendo uma tecnologia indispensável nesse momento.
Além da IA e IoT, outra ferramenta indispensável para as empresas, é a integração com serviços de nuvem. Isso faz com que o trabalho não fique preso a apenas um escritório ou instalação, possibilitando ir além dos limites físicos impostos.
Como a indústria 4.0 irá mudar o mercado e as relações de trabalho?
A mudança no mercado e as relações de trabalho – Imagem: Reprodução/Freepik
Quem está de olhos abertos, certamente viu que a Indústria 4.0 vai impactar significativamente o mercado e as relações de trabalho. E embora signifique o fim de alguns cargos, também criará empregos.
Como toda novidade, é importante considerar os desafios que acompanham este novo momento de automação. E por incrível que pareça, uma das maiores preocupações ─ agora que a tecnologia bate à porta ─ é adaptar os trabalhadores, além de entender qual é o equilíbrio ideal entre tecnologia e homem dentro da empresa.
- Novos empregos: é inegável que a indústria 4.0 trará novas possibilidades, principalmente para profissionais envolvidos com tecnologia. Enquanto alguns empregos serão extintos, a automação e a robótica, por exemplo, devem criar mais oportunidades;
- Personalização em massa: se a padronização já foi um marco, com grandes produções de carros, brinquedos entre outros itens, a Indústria 4.0 será diferente. Estamos prestes a ver um momento de produção em larga escala de bens personalizados;
- Mudanças na logística: drones, carros e trens que andam sozinhos, tudo isso culminará em ganho nos termos logísticos. Por isso, não é de se espantar que em breve tenhamos mais avaliações positivas em termos de entrega de produtos ou transporte de bens;
- Maior eficiência: a IA, tal qual outras inovações, chegam com o intuito de melhorar a produtividade dos profissionais. Assim, áreas como automação e a robótica, serão fortes aliadas na realização de tarefas de forma mais rápida e eficiente. O resultado? Podemos ver um aumento da produção enquanto há uma redução de custos.
Como as empresas estão se adaptando ao conceito de indústria 4.0 hoje?
Como as empresas estão se adaptando ao conceito de indústria 4.0 hoje – Imagem: Reprodução/Freepik
Se você acha que esta revolução vai chegar, bem, saiba que ela já está praticamente se tornando uma realidade. Já vemos empresas se adaptando ao conceito de Indústria 4.0 de diferentes maneiras.
O primeiro passo de muitas organizações é investir em tecnologias digitais, algumas estão especializando seus funcionários para melhores práticas humano-máquina no trabalho. Este é um processo fundamental para quem está em uma empresa durante essa mudança, afinal, outra solução é renovar a mão de obra por profissionais especializados.
Além disso, há reestruturação de processos, e a busca por parcerias tecnológicas, que visam tornar a produção mais fluida e eficaz. O resultado é a criação de empresas flexíveis, prontas para enfrentar mudanças no mercado.
O que essa revolução reserva para o futuro dos postos de trabalho?
A revolução da Indústria 4.0 pode mudar significativamente o futuro dos postos de trabalho, como ficou visível ao longo deste artigo. Veremos a automatização de processos, a criação de novos cargos, a mudança em aspectos como logística e padronização de produtos, e até a adaptação dos profissionais para esta fase.
E embora sejamos positivos vendo a integração de tecnologia, isso terá o seu efeito. Com mais tecnologia, muitas empresas estão atestando uma economia frente a lucratividade, pois em alguns casos, uma máquina pode substituir um grupo de homens.
Assim, é possível que conforme as empresas avancem, operadores sejam menos necessários, substituídos por controladores. Ou seja, veremos afunilamento no mercado de trabalho em que muitos ─ principalmente pessoas menos escolarizadas ─ ficarão excluídas da indústria 4.0.
É claro que não acontecerá do dia para noite, mas desde 2018, quando a pauta começou a ganhar relevância, inúmeras fontes levantaram a preocupação com o desemprego em massa. Assim, as empresas serão mais seletivas, e com informação ─ e formação ─ na ponta dos dedos, a concorrência será ainda maior para postos mais exigentes que podem oferecer menos vagas.
Conclusão
Por fim, vemos como a indústria 4.0 é a eclosão da 3.0, que nos trouxe adventos como o computador e a disseminação da internet. Além disso, tecnologias como IA (Inteligência Artificial) e IoT (Internet das Coisas), serão grandes aliadas. Contudo, nem tudo é flores, e as grandes aliadas, também podem roubar o seu posto de trabalho.
Nos próximos anos, veremos mudanças nas estruturas das organizações, trabalhando as relações homem-máquina. A produção também terá um ganho, do mesmo modo que a logística deve se tornar mais eficaz.
Se você não está pronto, então é melhor começar a se preparar, afinal, veremos a extinção de algumas profissões para o nascimento de outras. No entanto, podemos viver períodos de grande desemprego nas próximas décadas, mas é claro, o que parece o fim, não passa de um novo começo.
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