Pessoas com deficiência auditiva estão cada vez mais perto de sentir a música, literalmente. Os que testaram a ferramenta e participavam de um festival musical conseguiram “sentir o som” graças à tecnologia inovadora.
Sentindo o som
Esta novidade poderá dar vida ao ritmo para milhares de outras pessoas. Kyle Springate, de Hackney, foi o primeiro a usar um acessório háptico de última geração no festival Mighty Hoopla no Brockwell Park, em Londres.
Os trajes permitem que os usuários sintam a música através de feedback multissensorial, entregue por vibrações em 24 pontos de contato nos pulsos, tornozelos e tronco.
Usando a tecnologia de machine learning Vodafone 5G, o traje consegue capturar e transmitir a atmosfera da multidão, bem como a música, dando aos fãs com deficiência auditiva a capacidade de se sentirem mais próximos do público e da performance.
Música não só para os ouvidos
Além disso, eventos, festivais, shows e outras amostragens culturais estão cada vez mais inclusivas. Outras empresas, caso da The Sound Shirt, vêm pensando nessa inclusão há algum tempo também. Kyle afirma:
“Foi uma experiência realmente surreal. Você podia sentir as palmas no final do set.”
O jovem é a única pessoa com deficiência auditiva em sua família e aprendeu a leitura labial para entender o que estava acontecendo ao seu redor.
Querendo estar mais próximo dos amigos e participar de momentos que envolvem música, ter um terno tátil o ajudou a estar presente e aproveitar melhor.
“Tem muita gente que ficou isolada e o mundo muda com a tecnologia”, acrescentou Kyle.
Um mundo mais inclusivo
Com as tecnologias avançando e mudando, é justo que pessoas com deficiência sejam cada vez mais incluídas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem cerca de 500 milhões de pessoas com deficiência auditiva no mundo todo.
Só no Brasil, 5% da população tem deficiência auditiva e boa parte se comunica pela Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A promessa do traje “háptil” é que ainda mais pessoas tenham acesso e possam aproveitar melhor os momentos sociais, além da questão importante da inclusão.
A representante da Vodafone, Maria Koutsoudakis, disse que a empresa está “absolutamente encantada” por poder proporcionar a sensação de realmente sentir a música aos deficientes auditivos.
“A música é para todos e, como marca, estamos comprometidos em tornar a experiência do festival o mais aberta e acessível possível, para que todos possam sair e se divertir”, afirma Maria Koutsoudakis.
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