Sistema antipirataria da Netflix, Disney+ e Prime Video vazou no GitHub; E agora?

Após o vazamento do sistema antipirataria da Netflix e demais Streamings a Motion Picture Association (MPA) solicitou ao Github (plataforma onde usuários hospedam códigos que pode ser compartilhados com outras pessoas facilmente) que retirasse o diretório “Widevine” do usuário “Widevinedump” do ar.

A solicitação foi enviada pois o arquivo enviado permitia encolher e fazer o download de vídeos em HD das plataformas Netflix, Disney+ e Amazon Prime Vídeo o que configura como uma violação de direitos autorais.

Imagem: Reprodução

E para quem está pensando que o “Widevine” é algum script hacker está enganado. É uma plataforma líder de mercado e proprietária do Google. Um software do tipo Digital Rights Management, ou DRM, responsável por proteger o conteúdo de qualquer mídia digital e indispensável para rodar os conteúdos oferecidos.

Utilizado por várias operadoras de serviços e provedores ele garante que os serviços de geração de receita continuem fluindo para qualquer dispositivo.

Sem ele em seu aparelho, não é possível assistir vídeo ou utilizar qualquer plataforma de streaming que possua direitos autoriais. Um exemplo é que para assistir conteúdo da Netflix em dispositivos Android é necessário ter Widevine L1 (HD) ou Widevine L3 (SD) instalado em seu aparelho.

Como os aplicativos, navegadores e sistemas já vem com ele instalado de fábrica muitos usuários não têm conhecimento de que o código está embutido em seu aparelho e que esse é o motivo dos streamings funcionarem sem precisar instalar qualquer outro aplicativo.

Imagem: TorrentFreak (reproduzindo do GitHub)

Notificação ao GitHub é revelada somente agora

Apesar da notificação ter sido enviada dia 31 de dezembro ao GitHub, ela só foi atendida e revelada agora.

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As versões hospedadas no repositório eram bem específicas e com o nome de cada streaming nela como  ‘DISNEY-4K-SCRIPT’, ‘Netflix-4K-Script’, ‘WV-AMZN-4K-RIPPER’, ‘ APPLE-TV-4K-Downloader’, entre outros.

Com os scripts qualquer usuário com um conhecimento básico de programação podia simplesmente baixar o vídeo de maneira não-oficial, direto em seu computador em vez do download padrão das plataformas que mantém o arquivo baixado para assistir offline dentro delas.

Mas mesmo com a notificação do MPA não há confirmação de que os scripts foram ou serão removidos, podendo estar em pasta privada do usuário, por exemplo, e ser disponibilizado para download mediante autorização.

Não há aviso oficial de remoção ou de código de erro 404 como ocorre quando esse tipo de solicitação é atendida pois como muitos sabem quando um arquivo é removido Github pelo próprio site, ou pelo usuário o diretório simplesmente deixa de existir, porque o sistema funciona como pastas em um computador e nele não aparecerá a mensagem de página não encontrada.

Segundo o site TorrentFreak basta uma simples busca no Github para encontrar versões da “Widevine” disponíveis já que o sistema permite que um usuário copie o diretório de outro usuário tanto para seu Github quanto para seu computador além de poder disponibilizados nos mais diversos sites e com nomes totalmente diferentes tornando a tarefa de remover totalmente esses códigos do ar quase que impossível.

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Escrito por

Cecilia Parente

Redatora, Especialista em Produção de Conteúdo para a Web com formação em Webdesign e Marketing Digital. Estudante de Programação Back-End, Entusiasta de Tecnologia e redatora na BitMagazine trazendo as últimas notícias e informações sobre o mundo tecnológico.