Em mais uma série de sobrevoos no espaço profundo, a sonda Juno da NASA está chegando bem perto do planeta mais ativo (em vulcões) do nosso Sistema Solar, o planeta Io. O comportamento deste exemplar pode trazer muitas respostas sobre o comportamento do magma no interior e nas formações de luas e planetas.
NASA: Juno está fazendo registros históricos de Io
A nave Juno da NASA está se aproximando de Júpiter e fazendo voos cada vez mais perto. Juno passou pela lua de Júpiter, Io, a uma distância de apenas 800 mil km.
Agora, a nave irá rumar para ainda mais perto do mundo considerado com maior atividade vulcânica do nosso Sistema Solar, ficando a apenas 1500 km de distância. O principal estudioso e investigador da Juno, o professor Scott Bolton, disse à BBC News:
“Temos vários objetivos além de tentar entender os vulcões, os fluxos de lava e mapeá-los. Também vamos observar o campo gravitacional, tentando entender a estrutura interior de Io, para ver se podemos determinar se o magma que está criando todos esses vulcões forma um oceano global ou se é irregular”
A missão está dando muitas pistas aos pesquisadores. A sonda Juno foi construída para investigar melhor a evolução de Júpiter e conseguiu identificar informações importantes das quatro principais luas do planeta – Calisto, Ganimedes, Europa e Io.
Enquanto a distância entre a nave e Júpiter fica mais estreita, a NASA vai registrando por meio da Juno as informações de cada lua quando passa por elas.
Olhar aprofundado para a descoberta
Em 2021, a nave fez algumas imagens e registrou dados da lua Ganimedes e no começo deste ano, foi a vez da lua Europa.
Ganimedes e Europa são particularmente interessantes, pois se percebeu que provavelmente há oceanos globais e água líquida escondida embaixo de uma camada grossa de gelo. Especula-se que essas duas luas possam esconder alguma forma de vida subaquática.
Em contrapartida, Juno chegou em Io e está registrando como funciona a questão vulcânica de lá – um local completamente infernal. Os vulcões presentes em Io possuem temperaturas superiores aos encontrados na Terra.
Lori Glaze, diretora de ciência planetária da NASA, coloca que toda a agência está em êxtase com as descobertas que estão sendo feitas.
“A descoberta dessas luas por Galileu Galilei em 1610 marcou o nascimento da astronomia moderna. “Até então, é claro, se supunha que a Terra era o centro do Universo e tudo girava ao nosso redor. Mas quando ele apontou seu telescópio para Júpiter, o que viu ali não se encaixava no paradigma.”
No próximo ano, a Agência Espacial Europeia enviará uma sonda diretamente para Ganimedes, já o satélite Clipper da NASA será enviado em 2024 para focar na lua Europa.
Espera-se uma colaboração internacional em torno dos dados que obtiverem a partir das missões.
Com informação: BBC.
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