O mercado de criptomoedas está operando em baixa, contudo, os criminosos no setor já arrecadaram cerca de US$1,9 bilhão durante esse ano até julho. A boa notícia é que em relação ao ano passado, o número do mercado ilícito representou uma queda significativa. De todo modo, uma das maiores portas de entradas para o golpe este ano foram os protocolos DeFi, que pretendiam “substituir os bancos”.
As criptomoedas não são mais seguras?
Um dos maiores atributos das criptomoedas quando ganharam um imenso hype em 2019, era a sua criptografia que lhe conferia uma segurança inviolável.
Importante destacar que isso não mudou, podemos ver hoje em dia na rede do Bitcoin (BTC), por exemplo.
Por outro lado, muitos dos crimes não ocorrem diretamente na blockchain, pois são caros e extremamente complicados (para não dizer impossíveis).
Assim, os hackers utilizam os meios mais vulneráveis da cadeia: em alguns casos é atacar uma corretora, em outra invadem computadores com ransomwares, e claro, o famoso phishing, uma das maneiras ainda mais usadas.
Vale destacar que desde o ano passado os protocolos DeFi (Finanças Descentralizadas), se tornaram o alvo favorito de hackers.
Um dos motivos seria a grande quantia de dinheiro que o setor movimentou mais de US$ 100 bilhões apenas em 2021.
O outro ponto seria a vulnerabilidade dos protocolos que tinham como objetivo, executar serviços financeiros, como empréstimo, sem a necessidade de um banco.
Na prática, uma das coisas que o DeFi possibilita é você poder fazer um empréstimo, e quem te concede o dinheiro não é uma instituição financeira, mas outra pessoa.
O problema é que esta tecnologia é muito vulnerável, pois utiliza um código-fonte aberto. Assim, qualquer criminoso pode pegá-lo e estudar até encontrar os melhores pontos para um ataque.
Coreia do Norte é apontada como maior fonte dos roubos
De quase US$ 2 bilhões roubados em criptomoeda, estima-se que hackers de elite ligados à Coreia do Norte, como os do Lazarus Group, levaram US$ 1 bilhão. E segundo a Chainalysis, a maioria desses furtos foram por protocolos DeFi.
Além disso, é importante destacar que um estudo recente que saiu em junho, levantou que cerca de US$ 1 bilhão dos roubos de criptomoedas em 2022, foram a partir das redes sociais.
O relatório é da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), e entre as criptomoedas mais roubadas pelos criminosos, cerca de 70% foram de Bitcoins.
Fonte: Chainalysis, Markets Insider, Reuters
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