O planeta WASP-39b encontrado pelo Telescópio James Webb da NASA pode ser a chave para o encontro de novos mundos mais calmos e até habitáveis. Isso por conta do perfil químico deste mundo.
NASA: James Webb divulga perfil detalhado de planeta
O programa Webb Early Release Science divulgou novos dados registrados pelo Telescópio James Webb da NASA do planeta WASP-39b como o primeiro perfil químico detalhado da atmosfera de um exoplaneta.
Por conta destes dados, foi possível entender prováveis formas de nuvens alienígenas no céu deste planeta.
O WASP-39b é um exoplaneta gigante gasoso de um tamanho aproximado de Saturno que orbita próximo a uma estrela que está a 700 anos-luz da Terra. Antes, o planeta era investigado pelo Telescópio Hubble.
Em 2018, reconheceu-se água na atmosfera do exoplaneta e o James Webb foi o responsável por detectar a dióxido de carbono, em agosto deste ano.
Agora, as observações mais detalhadas mostram haver novas possibilidades de descobertas para o WASP-39b.
Adina Feinstein, estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago e principal autora de um artigo a ser publicado sobre os novos resultados do Webb, disse ao Inverse:
“Sem esse programa, provavelmente não teríamos sido capazes de fazer esse tipo de análise detalhada em um único planeta com tanta rapidez e eficiência como fizemos. E a precisão que estamos obtendo está além de nossos sonhos mais loucos.”
E o que há de tão inovador?
A nova pesquisa feita com as amostras captadas pelo telescópio mostram uma gama mais ampla de produtos químicos.
Foram encontradas vapor de água e dióxido de carbono, mas também sódio, potássio e dióxido de enxofre, que nunca haviam sido encontrados em atmosferas de exoplanetas antes.
Feinstein completa:
“O que é realmente interessante sobre o dióxido de enxofre é que a única maneira de obtê-lo em uma atmosfera planetária é por meio de um processo chamado fotoquímica”
A pesquisadora coloca que esta é uma das primeiras evidências de uma interação entre uma estrela-planeta, porque o exoplaneta está bem próximo da estrela e, pela radiação bem alta, isso está ocorrendo.
Ainda complementando, Feinstein coloca:
“Como as moléculas contendo carbono tendem a se acumular mais nos planetas quando estão mais longe de uma estrela, com menos acúmulo de carbono se esse planeta migrar para mais perto de uma estrela, os cientistas agora acreditam que o WASP-39b se formou muito longe de sua estrela, não em qualquer lugar perto de onde está hoje em seu período orbital muito curto e depois migrou para dentro”
O James Webb tem sido uma poderosa arma para a descoberta de novos mistérios pelo universo. Agora os cientistas vão analisar melhor o WASP-39b para decidir por qual caminho percorrerão.
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