Hoje, está sendo feito o teste para o pouso do aeroshell LOFTID e a NASA com outras instituições estão ansiosas para ver como o dispositivo inflável irá se comportar. A missão promete desenvolver novos “passos” para a chegada em Marte.
Aeroshell: trem de pouso inflável em Marte
No dia primeiro de novembro, um foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA) irá lançar um satélite meteorológico Joint Polar Surveyor System-2 (JPSS-2).
O JPSS-2 é uma nave da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos e irá ajudar os pesquisadores com melhores previsões do tempo e monitoração de impactos climáticos.
Já o Earth Orbit Flight Test of an Inflatable Decelerator (LOFTID) é um aeroshell expansivo com um tipo de escudo térmico para conseguir pousar em Marte.
A fina atmosfera do planeta vermelho torna a chegada por lá muito difícil, já que as naves podem “arrastar no pouso”. Resumindo, é necessário mais do que um “paraquedas” para conseguir baixar as cargas com segurança.
A exemplo disso, os rovers da NASA Spirit e Opportunity também iam com um paraquedas para pouso.
Porém, para conseguir pousar uma nave de fato, novas tecnologias de pouso em Marte precisam ser testadas e desenvolvidas. Por isso os aeroshells expansivos podem ser uma solução.
Testes estão sendo feitos desde 2015
Os primeiros testes de aeroshells expansíveis começaram em 2015, mas não saíram como planejado. Entretanto, o LOFTID elevará o nível de testes, Trudy Kortes, diretora de demonstrações de tecnologia na Diretoria de Missões de Tecnologia Espacial da NASA, afirmou:
“É o primeiro teste de voo em órbita baixa da Terra desta tecnologia e o artigo de teste de maior escala até hoje”
Ao ser lançado, o LOFTID fica dentro de um saco de dimensões 2,3 m por 1,3 m. A órbita deve ser síncrona com o sol e deverá ter cerca de 75 minutos. Logo depois do lançamento, o trem de pouso inflável irá se expandir para 6 m.
O LOFTID deverá ser testado para ver se aguenta as temperaturas máximas também (1.400 graus Celsius) antes de abrir o paraquedas e cair no Oceano Pacífico, perto do Havaí.
James Cusin, engenheiro de operações da divisão de Programas Avançados da ULA afirmou:
“Todos os dados que obtivermos da missão LOFTID serão usados para ajudar a correlacionar modelos e obter uma compreensão muito melhor do que o sistema de reutilização Vulcan (foguete) enfrentará”
Se os testes derem certo, uma nova forma de pousar em Marte será possível ou, pelo menos, mais próxima.
Com informações: Space.
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