Tecnologia de algoritmos é usada de forma inusitada no esporte com decisões baseadas em dados
A tecnologia está presente em situações, áreas e locais que podem parecer inusitados. Um exemplo são os algoritmos no esporte.
Embora possa passar despercebida, a tecnologia está presente em situações, áreas e locais que podem parecer inusitados. Um exemplo são os algoritmos no esporte, mostrando que o sistema é muito mais profundo do que a simples troca de passes em campo.
A tecnologia nos esportes coletivos pode ser vista através de um algoritmo elaborado pela empresa de inteligência artificial Zone7. A operação, inclusive, já foi adotada por times de basquete da National Basketball Association (NBA) e por exemplos no futebol americano (NFL).
Os algoritmos no esporte foram criados visando detectar riscos de lesões nos jogadores. Assim, é possível prever quando eles precisam descansar durante a partida para evitar problemas mais graves.
Israelenses criam algoritmo para esportes
A empresa por trás dessa inovadora tecnologia nos esportes é a Tal Brown e Eyal Eliakim, composta por dois israelenses que serviram na divisão de tecnologia de elite das forças armadas de seu país. Hoje a empresa está sediada no Vale do Silício, na Califórnia.
Na oportunidade, a Zone7 afirmou que investe frequentemente em milhares de parâmetros e dispositivos vestíveis, tal como coletes com GPS, métricas de sono e biomarcadores, todos com o propósito de prever o risco de lesões durante partidas.
Segundo a empresa, é possível detectar com precisão até 70% das lesões, sete dias antes das partidas.
A previsão é feita com base nos algoritmos alimentados por dados coletados. Conforme afirmado por Brown, algumas vezes, o risco pode significar uma redução na carga de esforço.
“Às vezes, um jogador pode ser mal treinado e pode ser necessário trabalho adicional. O software pode simular cenários ideais no dia a dia para que os jogadores estejam em tendência para o seu pico e o risco de lesões seja minimizado.”
Times já aderiram aos algoritmos no esporte
Um dos primeiros clubes de futebol a adotar o uso do algoritmo da Zone7, foi o Getafe, da Espanha. Segundo a empresa, entre 2017 e 2020, o time observou uma redução de 70% no número de lesões musculares dos atletas.
Na temporada de 2018/2019, por exemplo, o time registrou o menor número de “partidas perdidas” pelos atletas por lesões em relação aos 20 clubes no Campeonato Espanhol.
“O futebol se tornou muito rico em dados e, se você puder extrair um valor profundo destas informações, poderá ter uma vantagem competitiva. Isso já está muito bem estabelecido na área de identificação de talentos e agora está começando a acontecer na medição e na tentativa de otimizar o bem-estar e o desempenho dos jogadores.”
O Liverpool também é parceiro do Zone7. A empresa confirma que, na temporada de 2020/2021, os dias perdidos por atletas após lesões foi reduzido quase pela metade,
Tudo graças aos algoritmos no esporte. Normalmente, um jogador lesionado fica mais de nove dias sem entrar em campo.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.