Conhece aquela frase “os olhos são as janelas da alma”? Pois saiba que eles também podem dar muitas pistas sobre a saúde do seu corpo. Uma nova inteligência artificial é capaz de escanear sua retina e descobrir se você tem risco (ou não) de sofrer de doenças cardíacas. Tudo isso em apenas um minuto!
A tecnologia mistura conceitos de inteligência artificial com machine learning para prever o risco de doenças cardíacas com base nas veias e artérias do olho do paciente.
Apelidado de QUARTZ, o software analisa a teia de vasos sanguíneos que fazem parte da retina. Ele mede a área total coberta por essas artérias e veias, bem como a largura e quão flexíveis elas são.
Todos esses elementos são diretamente impactados pela saúde cardíaca de uma pessoa. Deste modo, o software torna-se capaz de analisar o risco de doenças cardíacas de um indivíduo simplesmente monitorando seu olho.
Ser rápido e não invasivo é o grande diferencial deste tipo de exame. Sem agulhas, sem coleta de sangue, de maneira rápida e indolor.
Testes para identificar doenças cardíacas
Os pesquisadores utilizaram a ferramenta para digitalizar imagens dos olhos de mais de 88 mil participantes do Biobank do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos.
Com base nas imagens, analisaram-se a largura, a área do vaso e o grau de curvatura das artérias e veias da retina. Assim, foram desenvolvidos modelos de previsão de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e morte de doenças cardíacas e vasculares.
Posteriormente, compararam-se os resultados da máquina com exames realizados da maneira tradicional. Os resultados foram promissores. As previsões da tecnologia mostraram-se tão precisas quanto as produzidas pelos testes atuais.
Além de indolor, uma tecnologia como essa também consegue tornar os exames mais acessíveis, levando o cuidado com a saúde para mais pessoas.
No futuro, um equipamento portátil poderia estar presente em clínicas e hospitais, facilitando o diagnóstico. Além disso, o atendimento de diversos profissionais da saúde, como os oftalmologistas, por exemplo, poderia ser muito mais abrangente.
Claro que ainda há um longo caminho de estudo para que isso aconteça. Até o momento, a tecnologia foi testada em um grupo de amostragem relativamente pequeno. É preciso testar a novidade com outros públicos, em outros territórios.
O potencial é grande, e os realizadores do estudo estão otimistas:
“Os resultados fortalecem as evidências de outros estudos de que a retina pode ser uma fonte de informação útil e potencialmente disruptiva para o risco de doenças cardíacas na medicina personalizada. Exames automatizados, de baixo custo e não invasivos têm o potencial de atingir uma parcela muito maior da população”.
Com informações: The Verge, The Guardian
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