De olho no mercado, a Tesla está aumentando preços de carros após Elon Musk emitir um alerta de inflação. A previsão do CEO movimentou o mercado de automóveis. Os motivos foram divulgados.
Tesla: o que antes era caro, agora vai ficar pior
Os modelos Tesla nunca foram os mais baratos, inclusive em relação aos preços de veículos nos EUA e Europa. Agora, com a crise ocasionada pela dificuldade proveniente da invasão russa na Ucrânia, a situação vem piorando.
Segundo o New York Post, o CEO da Tesla “alertou que a empresa estava sob pressão inflacionária ‘significativa’ dado o aumento do custo das principais commodities após a invasão russa da Ucrânia.”
Os materiais base, usados na construção dos automóveis tem sofrido escassez e problemas logísticos para chegar até as fábricas. Conforme o relato do jornal americano, “a empresa vem pagando preços mais altos por matérias-primas importantes, como alumínio e níquel.”
Tesla aumenta preços de carros, mas qual o valor?
Segundo a informação no site da empresa, “os aumentos de preços chegam entre 5% e 10% em comparação com os níveis anteriores”.
O jornal americano fez uma referência entre o modelo mais barato e o mais caro da Tesla, com seus respectivos aumentos:
“Por exemplo, o carro mais barato disponível da Tesla, o Model 3 com tração traseira, agora custa US$ 46.990, acima do preço antigo de US$ 44.990. O modelo de veículo mais caro da Tesla — o Modelo X Tri Moto — agora custa US$ 138.990, contra US$ 126.490.”
Qual o motivo das matérias-primas influenciarem tanto?
Todo o preço final de um produto é o somatório dos custos envolvidos na produção, entre eles a aquisição de matéria-prima, tecnologia empregada e a margem de lucro. Se um dos fatores sofre alta de valor, normalmente, essa diferença é repassada ao cliente final.
A Tesla aumenta preços de carros, mas o problema vai além da guerra europeia ou a empresa. A guerra Rússia-Ucrânia é o mais recente choque envolvendo a cadeia de suprimentos da empresa e outras montadoras, que tentam sobreviver e garantir matérias-primas para seus produtos à medida que a economia global tenta se recuperar — vagarosamente — da pandemia.
O mercado já estava desacelerado nos últimos dois anos. Com o início do conflito europeu, entrou novamente em xeque a capacidade de produzir e transportar itens para a fabricação de bens com preços “acessíveis” ou no mínimo justos.
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