TikTok tem verdade chocante revelada por ex-funcionário
Um ex-funcionário do TikTok fez uma grave acusação contra a empresa, alegando que os funcionários eram forçados a trabalhar por 12 horas.
Um ex-funcionário sênior do TikTok fez uma grave acusação contra a empresa. Segundo ele, os gestores da rede social forçam os funcionários a trabalhar por 12 horas seguidas durante seis dias da semana! Mais detalhes também foram revelados por ele.
A acusação foi feita por Pabel Martinez, cujo salário anual era de US$ 220 mil. Segundo ele, os gerentes do TikTok tinham o hábito de solicitar que os funcionários participassem de reuniões aos finais de semana, além de sempre terem que trabalhar após o expediente usual.
Principais acusações contra o TikTok
Martinez já trabalhou três anos na Meta, proprietária do Facebook, e disse ter pedido demissão no início deste ano após receber uma oferta de emprego na empresa chinesa. Neste sentido, ele reconheceu que a cultura do trabalho excessivo e de não ter equilíbrio entre vida pessoal e profissional já faz parte da empresa.
“A política 996 é infame”, completou. Os números representam as práticas de negócios na China, na qual os funcionários começam a trabalhar às 9h e encerram apenas às 21h, em uma jornada de seis dias na semana.
No final do ano passado, a ByteDance, empresa que controla o TikTok, reduziu o expediente estabelecendo que os funcionários cumpram uma jornada que deve se iniciar às 10h e ser concluída às 19h, sendo limitada de segunda a sexta-feira.
Ainda assim, os funcionários relataram a obrigação de participarem de reuniões em horários divergentes entre a atuação na sede de Pequim em relação aos Estados Unidos da América (EUA).
Martinez contou que, no exato momento em que se negou a participar das reuniões aos sábados e domingos, foi notificado com as seguintes palavras: “Não é assim que fazemos negócios aqui”.
O funcionário do TikTok também foi repreendido por ter compartilhado publicamente o valor de seu salário anual de US$ 220 mil no LinkedIn como parte do ‘Latina Equal Pay Day’.
Posteriormente, ele disse ter se sentido pressionado a cumprir tantas metas rigorosas visando o crescimento bimensal da receita, além de avaliações de desempenho em 360 graus.
“Fiquei com a sensação de que nunca estava fazendo o suficiente. No TikTok nenhuma conversa começou com ‘Como você está?’. Era ‘Como está a receita; O que estamos fazendo para impulsionar mais crescimento?”, contou.
Posicionamento do TikTok
Em resposta às acusações, o TikTok afirmou se empenhar para cultivar uma “cultura de transparência e feedback” através de pesquisas com a participação dos funcionários.
A empresa ainda disse que, por se tratar de uma companhia a nível global, tinha a necessidade de coordenar reuniões em vários fusos horários diferentes.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.