O Twitter anunciou recentemente que irá proibir programas na rede social que sejam contraditórias ao consenso científico a respeito das mudanças climáticas.
A crença da empresa é que o negacionismo climático não deve ser monetizado, tendo em vista que anúncios deturpados podem ser prejudiciais em debates relevantes sobre a crise climática.
E é justamente este tipo de posicionamento que a empresa pretende evitar, razão pela qual a nova medida poderá irritar os negacionistas.
De toda forma, o Twitter se mantém firme na decisão e afirma que, de agora em diante, todas as deliberações a respeito de um tema envolva “fontes autorizadas”, tal como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), uma organização científico-política no âmbito das Nações Unidas.
Para exemplificar a situação, o IPCC divulgou alguns relatórios nos últimos meses que auxiliam na compreensão sobre a crise que o site enfrenta atualmente. Mas não é só isso: também foram compartilhadas algumas dicas do que pode ser feito para se adaptar às mudanças climáticas e evitar consequências severas no futuro.
A postura adotada pelo Twitter se assemelha às ações desenvolvidas por uma gama de plataformas de mídia social que vêm tentando cessar o compartilhamento de fake news sobre o clima.
Neste sentido, em outubro de 2021, o Google foi uma das primeiras empresas a se comprometer na causa contra propagandas negacionistas – ainda que a decisão tenha resultado em críticas severas, especialmente após um relatório da Center for Countering Digital Hate (CCDH), apontar que anúncios com informações falsas continuam sendo divulgados mesmo após a imposição da medida.
Twitter se solidariza com situação crítica do planeta Terra
Nos últimos meses, a comunidade científica começou a emitir uma série de alertas a respeito dos riscos iminentes provocados por um colapso no clima global. Caso nenhuma providência seja tomada, as consequências no planeta Terra podem ser irreversíveis.
O relatório do IPCC aponta que as enchentes e ondas de calor extremas se tornarão cada vez mais comuns com o passar do tempo, e não se fala de um cenário tão distante. Por isso, a esperança de centenas de cientistas é manter o aumento da temperatura média do planeta abaixo de 1,5%, a mesma determinada pelo Acordo de Paris em 2015.
Incertezas no futuro do Twitter
Embora esta recém decisão do Twitter seja louvável, não se sabe se o posicionamento da empresa será mantido a longo prazo. Isso porque, a rede social foi vendida para o bilionário do ramo de tecnologia, Elon Musk.
Há semanas o CEO da Tesla tornou-se o maior acionista do Twitter, desde então emergiu em debates a respeito das funcionalidades da rede social, ameaçando até a criar a própria rede social com a promessa de liberdade de expressão.
Logo após, fez a oferta de comprar o Twitter por US$ 43 bilhões, mas os proprietários não aceitaram em um primeiro momento. Contudo, reviravoltas neste cenário aconteceram nos últimos dias, resultando em uma reunião para debater os detalhes de como seria esta aquisição. O acordo foi fechado na casa dos US$ 44 bilhões.
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