Não dá para negar que o mercado de conteúdo adulto movimenta uma das maiores indústrias que se formou na internet. Assim, conseguir colocar a mão nesses produtores em sua rede, e monetizá-los, entrou na lista de desejos do Twitter. A decisão veio após acionistas pressionarem a empresa para gerar mais dinheiro.
Cedeu à pressão? Por que o Twitter desistiu?
Entre as redes sociais ativas hoje, o Twitter, sem dúvidas, é uma das menos rentáveis, por isso, uma das soluções seria monetizar conteúdo adulto.
Embora pareça loucura, pois se trata de uma das redes sociais mais famosas da internet, a empresa finge não saber que é a única rede que permite a publicação de conteúdo adulto. Se você for um usuário da rede, é muito provável que em algum momento deu de cara com alguma mídia +18.
De todo modo, a rede já tem um solo fértil para plantar o projeto. Outro ponto, é que inúmeras pessoas que usam o OnlyFans ou vendem conteúdo adulto, já confiam no Twitter como meio principal de divulgação.
Com certeza, a equipe da rede já estava observando isso e pensando em alguma solução. Uma das boas ideias era não rejeitar, mas abraçar este conteúdo, porque seria lucrativo.
Afinal, segundo o The Verge, o OnlyFans estima fechar o ano com mais de US$ 2,5 bilhões. Esta seria uma receita que já cobriria boa parte dos gastos e perdas do Twitter.
Por que o Twitter não continuou com o projeto se tinha uma margem boa?
O funcionamento incluía a possibilidade de usuários venderem assinaturas dentro da própria rede. Como empresa esta é uma ideia ótima, pois gera mais receita.
Por outro lado, o projeto, que recebeu o nome de “ACM: Adult Content Monetization”, teve que ser cancelado após a “equipe vermelha” destacar pontos críticos. Esta equipe foi composta por 84 funcionários, e conforme o próprio Twitter falou ao The Verge:
“[o intuito era] testar sob pressão a decisão de permitir que criadores adultos monetizem na plataforma, concentrando-se especificamente em como seria o Twitter fazer isso com segurança e responsabilidade.”
O teste ocorreu em abril deste ano, e um dos problemas que a equipe vermelha relatou foi que a rede não tinha ferramentas para identificar conteúdo de exploração infantil.
Além disso, o site não tem mecanismo para garantir que os produtores de conteúdo eram maiores de idade.
Até o momento, não há notícias de que o Twitter está investindo tempo no projeto, até porque, o caso com Elon Musk tirou a empresa um pouco do eixo. Contudo, é possível que em um futuro, a rede coloque o ACM em prática.
Fonte: The Verge, Tech Crunch
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