Twitter toma medida contra funcionários descontentes com Elon Musk
O objetivo é proteger a empresa, por isso Twitter torna restrita alterações costumeiras na plataforma sem autorização de executivos
A chegada de Elon Musk no Twitter está causando o maior burburinho na empresa e muita gente não gostou da novidade. O temor é contra ações de funcionários em represália contra a recente aquisição da empresa pelo bilionário dono da Tesla.
Twitter corta o acesso de funcionários as estruturas programáveis do microblog
Após o fim da novela que envolveu Elon Musk e sua aquisição do Twitter, a empresa está desconfiada de seus funcionários. Isso se deve ao fato de muitos terem expressado desaprovação sobre os comportamentos do empresário e sobre o futuro da empresa após a aquisição.
Alterações que antes eram rotineiras, como atualizações, estão proibidas até sexta-feira (29), segundo o jornal New York Post.
Seria essa uma simples medida de segurança ou reflexos da personalidade dominante de Elon Musk já sendo apresentados em sua nova empresa? Não sabemos.
As únicas alterações liberadas são as consideradas mais críticas para o negócio todo – e, mesmo assim, aprovadas por executivos em cargo de vice-presidente para cima.
O conselho do Twitter teme ações “desonestas” dos funcionários
É uma expressão forte, mas significa isso mesmo: os membros do conselho de gestão da plataforma estão temendo represálias feitas por algum ou alguns funcionários descontentes com a aceitação do conselho sobre a oferta de Elon Musk — o valor final foi de 44 bilhões de dólares.
Atitudes como essas não foram criações hoje do Twitter ou do bilionário. Em diversas ocasiões “críticas”, empresas cessam os acessos ou limitam a maioria destes, visando evitar qualquer ato impensado — por parte de um funcionário — trazendo enormes prejuízos aos negócios.
Problemas no passado
O Twitter já passou por problemas envolvendo funcionários desonestos sabotando com alterações indesejadas as funções ou estruturas da plataforma há alguns anos.
O caso mais icônico ocorreu em 2017, quando um funcionário que havia sido demitido da empresa “desativou” a conta do Twitter do, até então, presidente norte-americano Donald Trump em seu último dia de trabalho como membro da empresa.
Apoio de ex-CEO
O novo dono do Twitter tem o apoio aberto de uma figura conhecida na história da empresa: o ex-CEO Jack Dorsey, que deu muitas declarações positivas sobre a entrada do bilionário na estrutura do microblog.
“Ele quer ser um bem público ao nível de protocolo, não uma empresa”, escreveu o programador na rede social. “Elon é a solução singular em que confio. Confio em sua missão de estender a luz da consciência”.
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Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.