E foi anunciado mais um escândalo envolvendo uma das redes sociais mais utilizadas nos dias de hoje. A empresa em questão, o Twitter, vendeu dados de usuários para anunciantes e foi multado em US $150 milhões.
Segundo o documento, a empresa vinha fazendo mau uso de informações como números de telefones e e-mails vinculados à contas na sua plataforma, e ao ser descoberta teve que fechar o acordo com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC).
Twitter processado
As autoridades americanas processaram a empresa por usar ilegalmente dados pessoais dos usuários por 6 anos, violando um acordo de 2011 que a empresa tinha com órgãos reguladores onde o Twitter prometia não utilizar os dados para outros fins que não fossem a segurança dos usuários na plataforma.
“Como observa a acusação, o Twitter obteve dados de usuários com o pretexto de aproveitá-los para fins de segurança, mas acabou usando as informações para direcionar anúncios aos usuários”, disse Lina Khan, a presidente da FTC, na acusação.
Vale lembrar que o Twitter exige um número de telefone e endereço de e-mail para que os usuários autentiquem suas contas. As mesmas informações são utilizadas em casos onde o usuário precisa redefinir suas senhas e desbloquear os perfis em casos de bloqueios por parte da empresa.
Mas a FTC afirma que a plataforma, pelo menos até setembro de 2019, estava usando os dados dos usuários para outras finalidades: vender anúncios direcionados, prática que o órgão afirma ter sido mantida por 6 anos sem o consentimento dos usuários.
“Os consumidores que compartilham suas informações privadas têm o direito de saber se essas informações estão sendo usadas para ajudar anunciantes”, disse Stephanie Hinds, procuradora americana.
Twitter reconhece que vendeu dados de usuários
Em uma postagem no blog oficial do Twitter, o seu diretor de privacidade Damien Kieran reconheceu o ocorrido dizendo que as informações “podem ter sido usadas, sem nenhum aviso, para publicidade”, mas que a empresa não pratica mais essas ações.
“Manter os dados seguros e respeitar a privacidade é algo que levamos extremamente a sério e cooperamos com a FTC em todas as etapas”, disse ele.
O acordo ainda necessita da aprovação de algumas autoridades, mas assim que venha a vigor a plataforma irá parar de lucrar com as informações e vai limitar o acesso dos funcionários em relação a elas.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo e atual candidato à compra da rede social pelo valor de US $44 bilhões (ainda em negociação), comentou sobre o caso:
“Se o Twitter não foi sincero aqui, o que mais não é verdade? Esta é uma notícia muito preocupante”, emendou.
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