Embora suas redes sociais estejam bombando, parece que as aventuras da Meta no mundo de realidade virtual (VR) não estão indo tão bem assim. Um novo relatório sobre o seu projeto Horizon Worlds mostrou que o metaverso da empresa está praticamente deserto.
Zuckerberg e o metaverso
Não é de hoje que Mark Zuckerberg mira o metaverso, uma das maiores provas disso é a Meta, antiga Facebook, que teve seu nome alterado para seguir a linha das intenções da empresa.
De lá para cá a empresa tem trabalhado pesado em tecnologias que auxiliam as suas ambições, como os headsets VR e desenvolvimento de inteligência artificial (AI).
Mas quase um ano depois e uma quantidade absurda de recursos gastos, parece que esse investimento todo não está dando os frutos esperados. Um relatório feito pelo The Wall Street Journal aponta para um quadro bem diferente do imaginado, ao que tudo indica, o Horizon Worlds está cheio de mundos vazios.
Horizon Worlds: o deserto do metaverso
O site americano afirma ter conseguido informações através de documentos internos e entrevistas com funcionários da Meta, que entre outras coisas comentaram que o jogo de realidade virtual tem a maioria dos mundos criados pelo usuário completamente abandonados.
Aparentemente, apesar de o Horizon Worlds ser gratuito, não consegue uma boa retenção de público. Os 500 mil usuários ativos por mês que a companhia previu agora são apenas cerca de 200 mil.
Segundo os dados internos, a maioria dos jogadores que chegam no Horizon World só frequentam o metaverso no primeiro mês. Além disso, houve um declínio enorme no número de pessoas interessadas no jogo.
Como resultado, apenas 9% dos mundos criados pelos usuários já foram visitados por mais de 50 pessoas, o resto nunca foi visitado por ninguém, exceto pelo próprio criador.
O hardware é outra história
Enquanto o universo de Horizon Worlds é um deserto de mundos vazios, a empresa parece estar se saindo bem nas vendas dos seus headsets, principalmente o Quest 2, que foi um sucesso.
Mas como sempre, essa é apenas uma parte da história. Enquanto as vendas do dispositivo têm surpreendido, principalmente entre os meses de maio e julho, os números mostram que mais da metade dos portadores dos dispositivos raramente voltam a usá-lo, principalmente depois dos seis meses.
Entre os motivos mais comuns para o desinteresse em voltar para o mundo virtual da Meta, os usuários comentaram ser muito difícil encontrar alguém online e que os avatares não parecem reais o suficiente — em relação a esse último item, a empresa tem trabalhado muito para criar uma experiência VR mais realista, e o novo Quest Pro é a prova viva disso.
Fonte: The Wall Street Journal, Kotaku
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