Debates sobre aborto sempre geraram interações polêmicas onde quer que fosse, e nas redes sociais não é diferente. Na verdade, há quem diga que as discussões são bem piores. Diante da complexidade do tema, plataformas como o Facebook decidiram adotar medidas drásticas.
Tudo começou após um post indicativo a respeito de pílulas abortivas. A informação foi divulgada pelo site Motherboard, que compartilhou o relato de uma usuária do Facebook. Durante um debate sobre aborto na rede social, ela se dispôs a enviar o medicamento para uma amiga virtual.
Entretanto, logo que fez o comentário foi notificada de que a postagem violava as regras dos Padrões de Comunidade da plataforma. A medida adotada pelo Facebook foi a de restringir a conta da mulher após insistência da mesma.
As medidas antiabortivas tiveram início nos Estados Unidos da América (EUA), após decisão da Suprema Corte que vetou o direito constitucional ao aborto no país na última segunda-feira (24). Foi então que os posts com menções ao tema se espalharam.
Conforme apurado pela empresa de inteligência de mídia, a Zignal Labs, mais de 250 mil menções ao aborto já foram identificadas nas principais redes sociais subsidiárias do Meta, o Facebook e o Instagram. De modo geral, os posts instruíam mulheres na aquisição ilegal de pílulas abortivas através do correio.
Entenda as políticas de bloqueio do Facebook
Tanto no Facebook e até no Instagram, sempre que um usuário tenta fazer algum post relacionado a determinado tema, se a pauta for polêmica, ele é notificado pela plataforma. De acordo com informações dispostas na Central de Ajuda do Facebook, não são permitidos:
- Nudez ou outro conteúdo de sugestão sexual;
- Discurso de ódio, ameaças reais ou ataques diretos a um indivíduo, ou grupo;
- Conteúdo que possua autoflagelação ou excesso de violência;
- Perfis falsos ou de impostores;
- Spam.
A política da rede social é ainda mais restrita se tratando da comercialização de itens na plataforma. Fica proibida a venda de produtos como tabaco, maconha e outras drogas recreativas.
O que o Meta diz sobre as restrições
Em um tweet, o porta-voz do Meta, Andy Stone, afirmou que houve uma mudança nas políticas de moderação de conteúdo a respeito do aborto. De agora em diante, não são permitidos conteúdos que tentem comprar, vender, trocar, solicitar, doar ou presentear terceiros com produtos farmacêuticos.
Em contrapartida, o Facebook permite conteúdo que “discuta a acessibilidade de medicamentos prescritos”.
É importante mencionar que, embora as restrições tenham partido da Justiça norte-americana, no Brasil, a situação não parece ser muito diferente, pois rumores indicam que, em território brasileiro a prática é semelhante.
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