Você sabe o que são e como funcionam os satélites Starlink?
Os satélites da Starlink têm algumas peculiaridades e não deixam de ligar o alerta para a comunidade científica.
Em maio de 2019, o primeiro grupo de satélites da Starlink foi lançado na atmosfera. A empresa de Elon Musk, hoje, tem uma constelação gigantesca no céu.
Starlink: constelação de satélites
O primeiro grupo de 60 satélites da Starlink, empresa de telecomunicações do homem mais rico do mundo, Elon Musk, foi lançado em maio de 2019 e de lá para cá já ultrapassou mais de 3 mil satélites no espaço próximo da Terra.
Oferecendo internet banda larga de baixo custo e alta velocidade, os satélites conseguem suportar videochamadas, jogos e streaming e principalmente: chegam em regiões remotas do globo que ainda não possuem acesso à conexão, afirma a própria Starlink.
No último dia 24 de setembro a empresa enviou mais 52 equipamentos para compor ainda mais a frota de objetos que pairam na órbita da Terra, expandindo para 3400 unidades.
Com este total, a empresa já possui a maioria dos satélites existentes em órbita e, hoje, a meta da SpaceX (empresa de transporte espacial também de Musk e conjunta a Starlink) é chegar ao número de 30 mil unidades no céu.
Flight profile of Dragon and Crew-5 as they travel to the @space_station pic.twitter.com/Mkdar1OPXu
— SpaceX (@SpaceX) October 5, 2022
Como os satélites funcionam
Satélites geostáticos são aqueles que fornecem o serviço de banda larga e os únicos que orbitam a Terra em uma altitude de mais de 35 mil quilômetros. Porém, os satélites da Starlink não são assim.
Na verdade, os equipamentos da Starlink ficam a apenas 550 quilômetros de distância da atmosfera, o que é uma órbita baixa, e por serem muitos e estarem sempre em uma região relativamente próxima um do outro, a comunicação entre eles se torna mais rápida.
Segundo a própria SpaceX, a taxa de velocidade da comunicação entre os equipamentos (latência) é de aproximadamente 20 milissegundos (ms). Se comparado aos geostáticos (com 600 milissegundos), os satélites da Starlink são realmente muito mais rápidos.
A Ookla, referência em consultoria de conectividade e medição de eficiência em redes de internet, publicou um relatório com algumas informações cruciais sobre a banda larga promovida pela empresa de Elon Musk.
O estudo foi feito em locais da Oceania, Europa, América do Sul e do Norte, e partir de dados coletados pela Speedtest Intelligence (ferramenta que faz teste de velocidade da internet), a Starlink se provou o provedor mais rápido por satélite na América do Sul e na América do Norte.
Já outro relatório feito por astrônomos e especialistas, coloca em questão sobre como satélites em órbita baixa (como os da empresa), podem afetar a observação do céu noturno e poluir a atmosfera da Terra.
“As constelações de satélites afetam desproporcionalmente programas científicos que exigem observações crepusculares, como a busca por asteroides e cometas que possam ameaçar o planeta, objetos no Sistema Solar exterior e retornos de luz visível vindas de ondas gravitacionais breves (como as emitidas por buracos negros)”.
O alerta da comunidade científica não parece fazer efeito, pelo menos, não por agora.
Com informações: National Geographic Brasil.
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