O Sol é a estrela de seu sistema e possui 27 milhões de graus de temperatura, sendo composto por diversas partículas agitadas. Quando o fóton se encaminha para a saída, sua jornada leva em média 100.000 anos. E isso cria as famosas manchas solares.
Movimento é comum, o problema está no “congestionamento”
O que não pode acontecer é o fóton aparecer no lugar errado, ficando preso dentro de uma multidão de partículas carregadas que podem ocasionar um grande estrago.
Isso ocorre devido o campo magnético do Sol e a excitação de suas partículas no núcleo que formam várias linhas ordenadas norte-sul. Elas se esticam agilmente e se emaranham, formando nós magnéticos que podem perfurar a superfície e prender a matéria abaixo delas.
Resultando em…
O resultado é conhecido como manchas solares, são vistas sendo escuras de longe, pois a matéria aprisionada esfria, condensa em nuvens de plasma e cai de volta à superfície em uma chuva coronal ardente.
Quando os nós se desfazem espontaneamente, essa mancha se transforma como um cano de uma arma fazendo com que os fótons brilhem em todas as direções e uma bala de plasma magnetizado é disparada para fora.
Segundo o Wired, esse fenômeno do Sol já ocorre há bilhões de anos, mas a maioria não chega nem perto da Terra, podendo levar até séculos para ser observado por humanos.
Avistamento histórico de manchas solares
O proprietário de uma cervejaria e astrônomo amador, Richard Carrington, conseguiu visualizar este feito no dia 1º de setembro de 1859, quando estava em seu observatório particular, desenhando manchas solares, quando elas explodiram em um raio de luz.
Empolgado, Richard foi procurar alguém para testemunhar, mas quando retornou à atração já terminara, o que só instigou ainda mais a curiosidade em descobrir o que acontecera ali.
Atualmente, essa explosão é conhecida como Evento Carrington, uma tempestade geomagnética que ocorre uma vez a cada século. Entretanto, levou apenas seis décadas para outra explosão comparável atingir à Terra, mas agora, causando danos.
Em maio de 1921, as matrizes de controle de trens no nordeste americano e as estações telefônicas na Suécia pegaram fogo.
Em 1989, uma tempestade moderada, com apenas um décimo da força do evento de 1921, deixou Quebec no escuro por nove horas após sobrecarregar a rede regional.
Segundo o portal, essas consequências aconteceram, em cada caso, devido à dependência da sociedade com seus avanços tecnológicos, ou seja, quanto mais eletrônicos, mais riscos.
O que acontece se outra bomba de plasma chegar à Terra?
Com o avanço dos estudos e da tecnologia, quando outra “bomba” chegar em nossa direção (o que pode acontecer a qualquer momento), a tecnologia de imagem existente oferecerá um ou dois dias de antecedência para a prevenção humana.
O que ainda não se pode prever é o nível de impacto que irá causar, até que a nuvem atinja o Deep Space Climate Observatory, um satélite a cerca de um milhão de milhas da Terra.
Ele verifica a velocidade e a polaridade das partículas solares recebidas. Se a orientação magnética de uma nuvem for perigosa, esse equipamento de US$ 340 milhões avisará à Terra com no máximo uma hora antes do impacto.
Em 2019, uma dúzia de cientistas da NASA previram que o atual ciclo solar atingirá o pico com 115 manchas solares em até julho de 2025 — abaixo da média de 179.
O que concluíram os estudos?
Que cada 11 anos, quando a polaridade do Sol muda, uma banda magnética se forma perto de cada polo, envolvendo a circunferência da estrela. Essas bandas existem há algumas décadas, migrando lentamente em direção ao equador, onde se encontram em destruição mútua.
Em um determinado momento, geralmente há duas bandas de cargas opostas em cada hemisfério. Elas se neutralizam, promovendo uma relativa calmaria na superfície, mas nem todas vivem até a mesma idade.
Scott McIntosh explicou que algumas alcançam o que é chamado de “o exterminador”, com velocidade incomum. Quando isso acontece, as bandas mais novas são deixadas sozinhas por alguns anos, sem a influência moderadora das mais antigas, com a chance causar uma grande confusão.
Ele e seu colega Mausumi Dikpati acreditam que o tempo do terminador é a chave para prever manchas solares — e, por extensão, ejeções de massa coronal. Quanto mais rápido um conjunto morrer, mais dramático será o próximo ciclo.
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