Nesta última quarta-feira, dia 19 de outubro, o Google lançou mais uma versão do seu sistema operacional (OS) mobile para smartphones de entrada, Android 13 Go Edition. Mas dessa vez o sistema passou por diversas alterações, inclusive uma que pode fazer com que ele não rode tão bem em smartphones “baratinhos”.
Conhecendo o Android Go
Android Go é uma versão do Android, sistema mobile do Google, destinado a aparelhos com especificações de hardware mais fracas.
Vindo com otimização em mente, o sistema operacional foi pensado para funcionar principalmente em aparelhos com apenas 1 GB de RAM, dando liberdade para os fabricantes produzirem smartphones extremamente baratos, mas que rodam um Android Go atualizado.
Ele é principalmente útil em soluções pensadas para mercados onde os consumidores têm pouco poder aquisitivo, já que um aparelho com pouco espaço de armazenamento e pouca memória RAM sairia bem mais barato do que um intermediário, por exemplo.
Para conseguir rodar tão bem mesmo em hardwares fracos, o Google teve que comprometer vários recursos do sistema. Por exemplo, o Android Go vem com uma versão da Play Store que destaca sempre aplicativos mais leves. Ao procurar por Facebook, o usuário provavelmente encontraria o Facebook Lite primeiro.
É importante destacar que, embora o Android Go seja destinado a smartphones de entrada, os aparelhos que temos hoje no mercado nessa classificação tem configurações até decentes, então é possível dizer que o sistema é destinado a smartphones de “extremo” custo benefício. Mas isso vai mudar em breve, já que sua nova versão é bem diferente das anteriores!
Android 13 Go está trazendo Material You pela primeira vez
Agora, baseado no Android 13, pela primeira vez, o Android GO está se preocupando com personalização, trazendo para os usuários a linguagem Material You. Até agora ele vinha só com a experiência base Android, afinal, quem está comprando aparelhos tão baratos não se preocupa se a empresa está enchendo ele de recursos inovadores.
Já com a nova versão, usuários poderão mudar o esquema de cores do aparelho com base no papel de parede e fazer outras alterações para deixar o sistema operacional a sua cara.
Mas não para por aí. Novos recursos do Android 13 também vão marcar presença, como as novas permissões de notificação, escolha de linguagem para cada aplicativo e mais recursos de segurança e privacidade.
Outra novidade fica por parte do Google Play System Updates que vai permitir que a empresa entregue as principais atualizações de software sem depender das fabricantes, assim fica fácil corrigir bugs mais rapidamente, por exemplo.
Especificações de hardware aumentaram
É óbvio que não tem como aumentar as funcionalidades e recursos do sistema operacional sem pagar um preço, mas dessa vez ele pode acabar sendo caro demais.
O sistema, que costuma aparecer em dispositivos extremamente simples, agora vai passar a pedir no mínimo 2 GB de RAM para rodar, o mesmo requerimento do Android 13.
Embora isso não seja muita coisa, já que até telefones de entrada atuais saem com mais memória que este valor, pode significar um aumento repentino de preços.
É importante mencionar que, em troca, os aparelhos também devem ficar mais potentes, conseguindo realizar mais tarefas do dia a dia.
Agora, se vai valer a pena, depende exclusivamente do quanto esses novos aparelhos vão custar. Hoje em dia é possível pegar smartphones intermediários a preços relativamente baixos, garantindo boa performance em tudo que o usuário quiser fazer e com uma boa experiência de uso.
Nesse cenário, aparelhos com o Android Go, mesmo que um pouco mais potentes, não seriam atrativos o suficiente.
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