O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi tranquilizado pelo WhatsApp em uma reunião com o “head” internacional da empresa, a respeito do possível aumento nos limites do alcance de mensagens no App. Enquanto isso, o Telegram continua sem colaborar com a Justiça Eleitoral.
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A Corte vem há algum tempo informando alguns de seus planos para as eleições de 2022. A ideia é reduzir o potencial de propagação das famosas fake news para evitar descrédito e ameaças à legitimidade do processo eleitoral.
Nesse cenário, a justiça eleitoral tem atuado com o WhatsApp como grande aliado e o Telegram, como principal preocupação.
TSE faz parceria sólida com o WhatsApp
O TSE informou, na semana passada, uma parceria com o aplicativo de mensagens WhatsApp onde o mensageiro irá disponibilizar um canal para que brasileiros possam denunciar disparos em massa de mensagens na plataforma.
Além disso, devido às inúmeras tentativas frustradas de comunicação com os responsáveis pelo Telegram, foi anunciado também a integração da Justiça Eleitoral no WhatsApp, que deverá ser feita ao colocar no ar um robô de conversas.
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Essa parceria entre o TSE e o WhatsApp faz parte do Programa de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal, implantado em agosto de 2021 mas em 2020, a autoridade eleitoral e o WhatsApp já haviam firmado uma parceria inédita que apresentou resultados muito positivos para a integridade do processo eleitoral.
Entretanto, uma recente notícia publicada pelo jornal O Globo deixou os membros do TSE bastante preocupados. Segundo a notícia o WhatsApp poderia derrubar os limites impostos sobre as mensagens enviadas, o que aumentaria, e muito, a potencial propagação de fake news através do App. Atualmente existe um limite nos grupos e listas de transmissão de 256 participantes.
Essa seria uma ferramenta que permitiria que se fizessem comunidades de grupos, aumentando o alcance dos moderadores de tais comunidades exponencialmente.
TSE é tranquilizado por WhatsApp a respeito de limites de mensagens
Devido a tal “ameaça” o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, marcou uma reunião com Will Cathcart, head internacional do WhatsApp. De acordo com o magistrado, foram feitos esclarecimentos sobre os limites de mensagens enviadas e que nenhuma alteração será feita na plataforma antes das eleições no Brasil.
“Nós acreditamos firmemente em proteger a privacidade das conversas das pessoas, e acreditamos em mudanças cuidadosas como limites para o encaminhamento de mensagens, que desencorajam a desinformação ao mesmo tempo que respeitam a privacidade. Nós manteremos as medidas efetivas que tomamos e não estamos planejando nenhuma mudança significativa para o WhatsApp no Brasil durante o período eleitoral”, afirmou o head do app.
O vilão instransigente
O completo oposto do WhatsApp é o seu concorrente, o Telegram. Além de não fazer parte do rol de empresas que integram o programa de combate à desinformação do TSE (WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter etc.), o mensageiro russo não tem nem uma representação no Brasil.
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Para piorar mais ainda, o app é o perfeito candidato a meio de propagação das fake news. Com seus grupos de até 200 mil membros e seu compartilhamento de mensagens e listas de transmissões ilimitados, o app tem um alcance maior do que qualquer outro nessa categoria, quando se trata de mensageiro.
O App está na mira
No intuito de prevenir o impacto das famigeradas fake news durante as eleições, a Justiça Eleitoral já estuda, inclusive, entrar em ação contra o aplicativo de mensagens Telegram.
“Nenhuma mídia social pode, impunemente, se transformar em espaço mafioso onde circule pedofilia, venda de armas, de drogas, de notas falsas ou de campanhas de ataques contra a democracia, como foi divulgado pela imprensa nacional” (Barroso)
O TSE se planeja arduamente para combater o disparo de mensagens em massa para influenciar as eleições com intuito de impedir a repetição do acontecido durante as eleições de 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro foi eleito.
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