A Xiaomi perdeu 725 milhões de dólares em duro golpe de um dos maiores mercados consumidores de celulares do mundo. Por violar questões cambiais e enviar remessas ilegais, a gigante chinesa dos smartphones sofreu dura repreensão de agências do governo da Índia.
Índia está de olho nos chineses da Xiaomi
A agência de combate à lavagem de dinheiro, em conjunto com a Direção de Execução da Índia, estão investigando as possíveis irregularidades da empresa chinesa há algum tempo.
Em medida inédita, a Direção afirmou ter apreendido diversas contas bancárias da Xiaomi Índia após descobrir que a empresa havia enviado 725 milhões de dólares a três entidades estrangeiras “disfarçadas de royalties”, o que poderia significar evasão de divisas, segundo o TechCrunch.
Em sua investigação, o órgão indiano confirma que as medidas foram tomadas para prevenir danos após existirem fortes indícios de que a empresa chinesa estava executando remessas ilegais de dinheiro para outros países e empresas de “fachada”.
Os olhares mais atentos tiverem início em dezembro de 2021, mas não se restringem apenas a gigante dos smartphones, outras empresas do país “comunista” também estão sob investigação.
As autoridades indianas acusam a Xiaomi de diversas atitudes ilegais, por exemplo, “fornecer informações enganosas aos bancos enquanto enviava o dinheiro no exterior”.
O governo acredita que todas as remessas e transferências para outras empresas, com sede nos EUA inclusive, foram enganosas e em benefício da empresa maior, a Xiaomi China.
Xiaomi tenta se defender das acusações
A empresa chinesa tenta se defender de todas as formas, alegando que seu modo de operações para pagamento de royalties é perfeitamente comum e legal.
O ex-chefe da Xiaomi Índia, Manu Jain, chegou a ser convocado pelas autoridades no início deste ano, em uma entrevista ou interrogatório sobre os métodos e conformidades fiscais, além de toda a estrutura da empresa.
Através de comunicado oficial, a Xiaomi reafirmou acreditar na legitimidade de suas operações de transferência para pagamentos de terceiros, pois os valores foram repassados para “tecnologias e IPs licenciados usados em nossos produtos de versão na Índia.”
Crise da Xiaomi Índia não é novidade
Os problemas que a Xiaomi Índia vem enfrentando já são antigos. O governo indiano proibiu diversos aplicativos chineses no país alegando ser uma questão de segurança nacional.
A profunda “represália” tenta ser combatida pela empresa afastando-se da imagem de sua sede em Pequim. A empresa chegou a modificar sua comunicação visual deixando bem claro que seus produtos naquele país são “Made In India”.
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